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‘Nazareno, o lixo de Rondônia!’, por Professor Nazareno

“Posso não concordar com uma só palavra do que dizeis, mas defenderei até a morte o vosso direito de dizê-las”.  Quando Voltaire disse isso, não imaginava que num futuro distante haveria um lugar chamado Porto Velho, capital de um Estado chamado Rondônia. O Brasil, infelizmente, já existia, mas certamente não era do conhecimento do grande filósofo francês. Longe, mas muito longe mesmo de ser um pensador, filósofo, ensaísta ou alguém de destaque, eu gosto de escrever textos. Não sou  governador, mas tenho um blog (http://blogdotionaza.blogspot.com.br) onde publico os meus escritos. Sou, claro, professor de Redação e produzo textos como forma de treinar e incentivar meus alunos. Nada mais natural, o problema são as reações incoerentes que às vezes passam dos limites, não com os textos ou suas ideias, mas comigo mesmo.

Confesso que fico espantando com a repercussão de alguns destes escritos. Um dos últimos que escrevi foi “Em busca de um símbolo” criticando a presepada que fizeram com o Espaço Alternativo de Porto Velho. Mais de duzentas mil pessoas leram o referido artigo, conforme consta no site Tudorondonia, no meu blog e nos comentários nas redes sociais. São mais de 10 mil comentários, curtidas e compartilhamentos. Geralmente não leio as reações, pois além do respeito tenho muito carinho por todos os meus leitores. Posso não estar com a razão, mas é dessa maneira que penso sobre o fato. Porém, muitos desses meus leitores, zangados, partem para a ignorância sem medir possíveis consequências futuras. Não entendo por que leem o Professor Nazareno quando têm Foucault, Machado, Drummond, Clarice, Sartre, Euclides da Cunha, etc.

Muitos outros textos são criados a partir dos meus. E isso é muito bom: um texto dando combustível a muitos outros. Fico realizado. Joelson Teixeira, por exemplo, produziu um escrito sensacional. Marcelo Negrão produziu outro, também muito bom. Vinícius Canova, idem. E até pessoas que não moram mais aqui nem vivem nossa triste realidade também se inspiraram para expor suas ideias. Como o senhor Diego Paes que fez um excelente escrito, embora muito apelativo e senso comum.

Uma ex-aluna minha, Luciana Mourão, que mora em São Paulo, também contribuiu com seus belos escritos.  Porém, há fatos tristes. Thalita Vitória afirmou: “nunca gostei dele e depois dessa só tenho mais desprezo por ele”. Voltaire tremeu no túmulo. Ricardo Erse, outra pessoa maravilhosa, disse: “A eterna imbecilidade defecada pelos dedos do tal professor”.

Carlos Caldeira, pessoa fantástica, ex-candidato a vereador de Porto Velho e homem muito sensato se saiu com esta: “Eu acho que o Professor Nazareno já levou muito chifre em Porto Velho, pra ele odiar tanto a cidade”. Outra leitora disse que o Tudorondonia deveria ser censurado. Juliana disse que o texto era desprezível e quem o escreveu mais ainda. Como ela sabe? Muitos outros leitores apelaram para a censura pura e simples e atacaram o autor, não a obra.

Esqueceram-se da nossa Constituição e da liberdade de expressão? Uma pena. Mas muitos me deram razão e detonaram mais ainda com a “capital do lodaçal” e seus incompetentes gestores. Sem os referidos textos, será que as pessoas demonstrariam tanto amor assim à cidade? Pior: se não levar um tiro, eu o “lixo de Rondônia” continuarei escrevendo sobre Porto Velho, o Brasil e o mundo. Há defeitos? Consertem ou os mostro. E se não gostarem, não leiam. Simples!

*É Professor em Porto Velho

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