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O Brasil que eu quero, por Professor Nazareno

 

A Rede Globo de Televisão, a Vênus Platinada, lançou recentemente uma espécie de campanha para os brasileiros mandarem um vídeo de apenas 15 segundos que será publicado posteriormente falando sobre o futuro do país. “O Brasil que eu quero” é o mote da esdrúxula campanha global. Eu não vou mandar vídeo nenhum, mas a minha amiga a jornalista Luciana Oliveira fez uma gravação impagável que jamais será publicada. Não sei fazer vídeos, gosto apenas de escrever textos. E escrevendo direi à Globo e a quem tiver coragem de ler meus escritos qual o Brasil que eu quero e desejo para as futuras gerações. Para começo de conversa e plagiando a Luciana, quero também um Brasil sem a Rede Globo com a sua programação ridícula e alienante. Se puder, direi também qual a Rondônia e a Porto Velho que desejo para o futuro próximo.

Quero um Brasil onde juízes não recebam auxílio-moradia se residirem na mesma cidade em que trabalham. Um país onde todos sejam tratados de forma igualitária sem preconceitos e restrições. Nada de privilégios nem de profissionais recebendo fortunas do Estado. Todos devem receber o necessário para servir ao povo sofrido. Que tal um Brasil sem a maldita síndrome da Casa Grande e Senzala onde as operações contra a corrupção e desmandos dos políticos não sejam ideologizadas e que se aplique a lei doa a quem doer? Quero um Brasil sem Lula nem Bolsonaro, pois diz a História que o passado só se repete como farsa. Um país com uma mídia imparcial e menos golpista seria muito bom para todos. Apesar do controle remoto, uma televisão que não tivesse o BBB e as novelas talvez tivesse mais tempo para discutir coisas sérias.

Uma nação sem o futebol alienante e medíocre que temos seria também de muito bom grado. Os onze marmanjos ricos e milionários, que não representam a maioria dos brasileiros pobres e necessitados, jamais seriam endeusados e mimados como o são em um país sério e comprometido com todos seus cidadãos. Não seria nenhuma maluquice desejar uma derrota na próxima Copa do Mundo da Rússia. A repetição dos 7 X 1 me encheria de alegria e emoção e sei que muitos dos brasileiros também gostariam, embora não admitam. Na política, quase todos nós queremos governantes sérios e comprometidos com as necessidades de quem paga impostos. E como beber pinga e se drogar não é cultura, um país sem Carnaval e sem uma Banda sujando as ruas já emporcalhadas de uma cidade como Porto Velho seria algo muito bom para as pessoas.

Quero um Brasil sem Rondônia e sem Porto Velho onde seus políticos às vezes governam usando um blog e tiram férias com apenas seis meses de trabalho. Uma nação sem hospitais como o “campo de extermínio de pobres”, o João Paulo Segundo desta capital. Quero todas as cidades com mobilidade urbana. Uma nação sem mentiras e hipocrisias onde as pessoas pensassem, discutissem e tivessem leitura de mundo e participação nas decisões comuns a todos. Não há nenhum crime em se querer um lugar em que políticos ladrões jamais se reelegeriam para continuar a enganar o povo. Enfim, quem não quer um país com educação de qualidade? Eu quero. E sempre lutei por isso. Já pensou se todas as escolas públicas deste país fossem iguais ao Colégio João Bento de Porto Velho? Educação de tempo integral para todos os cidadãos é o mínimo que se pode desejar para este povo ignorante. Um problema: a Globo não vai ler o meu texto.

*É professor em Porto Velho

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