Empresário denuncia crime ambiental em lagoa de Vilhena

Mesmo contando com representações locais de agências voltadas para a questão ambiental de níveis federal e estadual, além de possuir no organograma do município uma secretaria específica para o assunto, a fiscalização e o combate a infrações contra a natureza é deficiente em Vilhena. Rios e florestas são degradados regularmente, sem que se veja ações incisivas visando coibir tal prática. O empresário Sandro Reck, dono de escola de náutica, mostrou imagens da Lagoa do Roque, onde são aplicadas aulas práticas aos alunos de seus cursos, as quais revelam que a reserva aquática é usada por muitos como depósito de lixo.

 

Incomodado com a situação, ele resolveu fazer alguma coisa. “Sem saber ao certo o que podia fazer, resolvi eu mesmo recolher o lixo à vista. Em menos de cinco minutos o barco estava repleto de material descartado”, contou. O que é mais comum na lagoa são recipientes plásticos a flutuar em suas águas. Sandro encontrou muito lixo deste tipo, e até mesmo embalagens vazias de agrotóxicos, que de acordo com as normas deveriam ter sido descartadas em depósitos específicos para este tipo de material.

 

Entre o lixo que é jogado diretamente na natureza, o plástico é um dos mais nocivos, por levar décadas para se degradar. Lançado em cursos d’água, este tipo de material faz estragos gigantescos, e ameaça a vida aquática. O plástico flutua em qualquer condição em que esteja, e mesmo depois de degradado continua a trazer problemas, pois cria uma camada sobre o manto liquido e impede troca gasosas que garantem oxigênio às espécies que vivem na água. “Sei do dano que este lixo está causando à lagoa e estou fazendo minha parte para reverter o quadro. Espero que outras pessoas façam o mesmo, mas que principalmente haja conscientização no sentido de não se jogar mais o lixo na lagoa”, encerrou.

 

Fonte: FS
Postado por: Dimas Ferreira
Autor: Da redação
Créditos de Fotos: Folha do Sul

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