FAP, a Força Aérea da Palestina

A íntegra da coluna redigida por Professor Nazareno

Membros do Hamas, grupo político que controlava a Faixa de Gaza, atacaram cidadãos israelenses no dia sete de outubro de 2023 e cometeram as maiores barbaridades de que se tem notícias. Pelo menos 1400 cidadãos israelenses inocentes foram trucidados covardemente com essa ação totalmente deplorável e condenável. Só que a resposta de Israel não veio contra esses terroristas do Hamas, mas contra toda a população civil da Faixa de Gaza. Ajudadas pelos Estados Unidos e por grande parte da União Europeia, as Forças Armadas de Israel desfecharam um dos maiores ataques contra populações civis e estão matando crianças, mulheres e velhos indiscriminadamente. Os mortos acontecem aos milhares e o que é pior: o mundo civilizado não faz nada para acabar com essa terrível carnificina em andamento. O povo palestino está sendo morto e esmagado como insetos.

E como na época de Adolf Hitler e dos nazistas, um outro genocídio pode estar a caminho. Os palestinos não têm Força Aérea. Não têm Marinha de Guerra e não possuem tanques e tropas de infantaria para pelo menos se defenderem dos ataques que o seu povo está sofrendo. Se você ouvir falar da guerra entre Israel e os palestinos não acredite nessa lorota. Não é guerra! Não existe guerra nenhuma! É apenas um massacre de um povo com o aval das grandes potências econômicas e militares do mundo. É tudo um genocídio que está se permitindo apenas para vender armas. O povo palestino vai deixar de existir em pouco tempo. Serão exterminados assim como o foram os índios do Brasil e tantos outros povos. O que o Hamas fez é deplorável sob todos os aspectos, mas como disse o Secretário-geral da ONU: nada é por acaso. Isso é uma resposta ao colonialismo sofrido.

Sem nenhum MIG pela frente para combater de igual para igual e com um céu de brigadeiro, os pilotos da Força Aérea de Israel não têm nenhum problema para despejar toneladas de bombas sobre populações civis em Gaza. Assim, até eu entraria numa guerra! Abandonados à própria sorte, os palestinos não têm o que comer. Sofrem como muitos dos índios brasileiros e de grande parte das pessoas que moram nas favelas do nosso país. A Faixa de Gaza é muito pior do que foi o Gueto de Varsóvia durante a Segunda Grande Guerra. A diferença é que os palestinos ainda conseguem, a duras penas, criar os grupos que tentam enfrentar os judeus, como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica. Já no Gueto de Varsóvia as vítimas aceitaram o horror nazista de forma pacífica e sem lutar. Como expulsar “numa boa” famílias cujos ancestrais vivem ali há mais de dois mil anos?

Os homens do Hamas cometeram crimes de guerra contra indefesos cidadãos de Israel e devem ser punidos, mas Israel também comete os mesmos crimes de guerra contra os civis palestinos. “Olho por olho?”. São bombardeios sem critérios. E Israel não será punido. No Líbano, os judeus usam até bombas de fósforo branco contra membros do Hezbollah. O que é proibido pelas leis internacionais. E bombardear alvos civis e contra materiais como água, combustíveis, ambulâncias e medicamentes na Faixa de Gaza é crime de quê? Um erro não conserta o outro. Os pilotos da Força Aérea de Israel e os militares judeus de um modo geral devem se sentir como super-homens nesta carnificina que estão cometendo contra os indefesos palestinos. Se Israel tivesse tratado os palestinos bem e sem nenhum colonialismo desde 1948 nada disso estaria acontecendo, pois Israel é um país de gente boa. Mas a Palestina também o é. Sem antissemitismo ou islamofobia.

*Foi professor em Porto Velho

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