Polícia investiga fraudes na Companhia de Águas e Esgoto de Rondônia

A Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) cumpre, na manhã desta terça-feira (22), em Porto Velho, mandados de busca e apreensão em cinco endereços residenciais, dois escritórios e na sede da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd). A intervenção policial é o desfecho de levantamento minucioso feito por determinação do governo de Rondônia para que a empresa recebesse novos investimentos.

O inquérito que apura as irregularidades na companhia tramita na Draco, de onde as equipes de policiais com mandados judiciais saíram às 7h20.

AFASTADOS

Foram afastados dos resepctivos cargos Rose Sena, ex-presidente da Caerd na administração do então governador Ivo Cassol e atual diretora da Escola do Legislativo; e Wilson Lopes, diretor financeiro do Sindicato dos Urbanitários de Rondônia. A polícia cumpriu mandado na sede do Sindur. Rose e Wilson estão proibidos de se aproximar da sede da Caerd.

A operação, denominada Kairós, é comandada pelo delegado Marcos Vinícius Silva Filho e constitui a fase repressiva do combate um grupo suspeito de manobrar processos licitatórios no âmbito da companhia para favorecer empresas.

A equipe do delegado Marcos Vinícius foi para a sede da diretoria da Caerd, na avenida Pinheiro Machado, no bairro São Cristovão. O grupo se reuniu com a presidente da empresa, Iacira Azamor, ao mesmo tempo em que foram cumpridos mandados de busca e apreensão em diversos setores do órgão. Os policiais deixaram o prédio por volta 9h30 com muitos volumes de documentos.

A fase policial iniciou em julho de 2015, com base em ofícios encaminhados à Polícia Civil pela diretoria da companhia. A comissão responsável pela avaliação da situação da companhia descobriu indícios de irregularidades em diversas licitações realizadas entre 2009 e 2010 e recomendou à diretoria da Caerd que adotasse providências.

Os contratos firmados a partir de processo licitatório e considerados suspeitos movimentaram mais R$ 8 milhões. Pelo menos 11 pessoas formam o núcleo dos principais investigados.

Foram cumpridas 11 medidas judiciais de prisão, proibição de acesso a determinados lugares e suspensão de função pública ou atividade de natureza econômica.

A Operação Kairós mobiliza 22 policiais civis entre delegados, agentes e escrivães.

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