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Bancários de Rondônia param dezenas de agência no Dia Nacional de Luta contra a MP 905

Banqueiro não tem coração, ele tem um cofre no peito”, dispara José Pinheiro

Banqueiro não tem coração, ele tem um cofre no peito”, dispara José Pinheiro

Os trabalhadores dos bancos públicos e privados em todo o Estado de Rondônia paralisaram suas atividades e retardaram o atendimento ao público em uma hora, em todas as agências, na manhã desta quinta-feira, 21/11. O protesto fez parte do Dia Nacional de Luta contra a Medida Provisória 905/2019, assinada pelo presidente Jair Bolsonaro no último dia 11, e que é considerada mais uma ‘reforma trabalhista’ que atinge duramente direitos dos bancários e de inúmeras outras categorias profissionais.

Em reunião ocorrida no dia 14, no Rio de Janeiro, com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), o Comando Nacional dos Bancários havia conseguido segurar a implantação da Medida até que seja concluída a negociação com a representação da categoria, marcada para o próximo dia 26, terça-feira, em São Paulo.

A MP 905 – que está sendo chamada de Programa Verde e Amarelo – é fruto da exigência dos bancos para atacar direitos dos bancários assegurados na própria CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). E a prova disso é que além do aumento da jornada de trabalho, e da permissão de trabalho aos sábados, a MP vai permitir a negociação da PLR sem a participação das entidades sindicais (amplia o número máximo de parcelas, de duas para quatro, ao longo do ano, caminhando para transformar a PLR em parcela variável cada vez maior do salário), e vai estimular a demissão de trabalhadores antigos – que possuem salários assegurados na CCT – pela contratação de trabalhadores recebendo bem menos, pelo chamado “contrato verde e amarelo”.

“Estamos falando do segmento econômico que teve mais de R$ 50 bilhões de lucro líquido dos seis primeiros meses deste ano, os cinco maiores bancos. E mesmo assim é o setor que fecha agências e demite os trabalhadores indiscriminadamente, fecha as portas para os clientes, para toda a sociedade. Os bancos empurram os clientes para que eles mesmos, por via digital, façam o trabalho do bancário, e ainda paguem altas taxas para os bancos. Banqueiro não tem coração, ele tem um cofre no peito”, dispara José Pinheiro.

O dirigente diz que todos os bancários precisam estar unidos, agora mais do que nunca, pois essas medidas já estão em vigor, e vão atingir a todos, sem distinção de ideologia política, cargo ou função.

“O aumento da jornada de trabalho, segundo a MP, só não vai atingir os caixas. Mas essas pessoas não vão trabalhar de caixa para o resto da vida, e quando ascenderem na profissão, terão que trabalhar oito horas como todos os outros. E o próprio INSS confirma nós, bancários, somos a categoria que mais adoece no país. E já adoecemos com uma jornada de seis horas, imagina quando tivermos que trabalhar oito horas por dia, e mais quatro horas aos sábados?”, questiona o sindicalista, que conclama a todos os trabalhadores a resistir, a reagir, e se mobilizar, dentro e fora dos locais de trabalho, no dia a dia com amigos e familiares. “Vamos cobrar daquele seu deputado ou deputada federal que você elegeu, daquele senador, para que consigamos convencer que essa MP é danosa para todos, que só trará prejuízos, que não vai gerar emprego e que vai retirar mais direitos dos trabalhadores. Precisamos convencer os parlamentares a barrar essas medidas de um governo que governa com decretos e MP’s, sempre prejudicando a massa trabalhadora. É um governo que despreza os pobres, os trabalhadores… e governa apenas para os empresários e poderosos”, conclui Pinheiro.

 

Por SEEB-RO

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