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Coluna Política Sem Censura- 1. A Aneel e o Ar ligado!!!-David Nogueira

 

1. A Aneel e o Ar ligado!!!

Algumas coisas, por si sós, desafiam a lógica das mentes mais brilhantes que possam existir nos bares e botecos de nosso país afora. Essas conversas despretensiosas, acontecidas ao redor de copos ressuados pela baixa temperatura presente na louríssima preferência nacional, podem não ter o conteúdo científico e filosófico desejado, no entanto, sem querer magoar os técnicos, possuem uma lógica mortal.

 

2. Lerdeza histórica

No caso específico, a questão da produção de energia hidroelétrica no Brasil possui alguns nós cuja superação deveria ter acontecido logo depois da chegada de D. João VI às terras tupiniquins, porém, por causas afetas somente aos deuses, ainda não foram totalmente equacionadas. Considerando apenas a matriz de geração hídrica, o Brasil possui possibilidades a serem melhor aproveitadas em nome de uma racionalidade e razoabilidade compatíveis com a preservação ambiental, o respeito às comunidades tradicionais e ao interesse coletivo e estratégico da nação. No entanto, até para os leigos, choca a morosidade de algumas decisões, cuja velocidade deveria estar a serviço do bem comum.

 

3. A água está aqui

Das dez maiores bacias hidrográficas do mundo, o nosso Brasil tem forte presença em duas delas: a maior do mundo, conhecida nos meios nem tão acadêmicos assim como Bacia Amazônica; e a quarta, chamada de Bacia do Prata. Além dessas duas gigantes, temos a do Rio São Francisco, cuja amplitude é sabida por alguns. A capacidade de produção de energia limpa por intermédio da construção de grandes hidroelétricas está praticamente esgotada. Os espaços restantes para a construção desses gigantes estão restritos hoje à Amazônia legal e isso, para se tornar realidade, produz complicações diversas e complexas… muitas vezes insuperáveis, considerando a inteligência recebida por nós.

 

4. Ampliar o óbvio

Segundo o relatório da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), abril de 2015, o Brasil possui um total de 135.370.800 kw de potência instalada, com vistas a atender nosso animado mercado tropical. Tal setor possui forte perspectiva de crescimento continuado e prolongado em face das condições macroeconômicas do Brasil. Essa potência distribui-se entre 3.743 empreendimentos (de diversos tamanhos) em operação. Nos próximos anos, entrarão no sistema mais 37.134.304 kw, oriundos de 197 plantas em andamento e mais 621 com início das obras ainda a ser definido brevemente. Esse mix de geração engloba produção hídrica, solar, térmica e termonuclear. Não obstante a diversidade, a hídrica (62,45%) e a térmica (28,09%) são responsáveis por 90,54% de toda a nossa produção de energia.

 

5. Ou muda a burocracia ou a Aneel

O fato é que, se não estivermos dispostos a desligar os nossos ares condicionados, o país precisa pensar em mecanismos céleres para racionalizar, economizar e ampliar a produção energética. Um deles seria a exploração mais racional e inteligente dos pequenos cursos de água existentes em nossas inúmeras bacias hidrográficas. São centenas e centenas de aproveitamento com até 3 megas espalhados pelo país. A burocracia da Aneel para isso é absurda e pouco sábia. O aproveitamento desse filão seria capaz de gerar mais energia do que uma Itaipu, por exemplo, com impacto infinitamente menor. Então, eu gostaria muito de saber, qual a razão de isso não avançar e os empreendedores do setor reclamarem tanto da Aneel? A política de preços mudou e o próximo leilão de energia em abril traz atrativos para os empresários investirem. Cabe a Aneel agilizar, com responsabilidade, a materialização dos investimentos… eu, caras pálidas da Aneel, não quero desligar meu ar-refrigerado!!

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