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Coluna Política Sem Censura -A pífia razoabilidade privada de Dom Gilmar Mendes, o Sapiente… e os bocós!-David Nogueira

Algumas autoridades teimam em tratar o povo brasileiro como se fôssemos uma “manada” de bocós deitados em berço esplêndido. Entretanto, há que ser justo, esse desejo avassalador em ver o tupiniquim como um doce “Zé Mané”, pronto e acabado para o manuseio privado dos detentores do poder (tanto político, como informativo), não é só do mundo parlamentar, dos governos ou das seis famílias midiáticas “detentoras da vontade do povo” deste ensolarado país tropical. Essa saga em querer tutelar a vontade e os desejos da turma verde-amarela também vem da velha senhora cega, surda e muda chamada Justiça!

 

2.  Ministro ou Rei Gilmar I, o Sapiente?

 

Modéstia à parte, tenho um funcionário um tanto ou quanto rebelde lá pelas bandas do Planalto Central, cujo  nome  é Gilmar Mendes (Ex- Advogado Geral da União de FHC e nomeado por essa figura singular para o STF). Estou a considerar o fato de todo o servidor público ser pago com os impostos recolhidos por mim a cada final de mês. Esse moço, polêmico dentro da história da República recente, já foi patrocinador de decisões e ações “estranhíssimas”, para dizer o mínimo. Quem não se lembra da conturbada Operação Satiagraha da Polícia Federal, na qual o banqueiro Daniel Dantas acabou preso duas vezes em três dias, em julho de 2008, e solto, duas vezes, por HC de Gilmar Mendes… em exatos três dias?

 

3.  Operação Hollywoodiana

 

A operação abafa do caso Opportunity foi cinematográfica. Casos não explicados de supostas escutas em telefones do Ministro nunca ouvidas… afastamento do Delegado Protógenes (mais tarde eleito Deputado Federal –PcdoB/SP), impossibilidade de se abrir um HD para rastreamento do dinheiro de muita gente suspeita… Tudo amparado pela “Lei”!! Tudo sob a preocupação exemplar de Gilmar Mendes, que, como Presidente do Supremo Tribunal Federal, atropelou o Juiz Federal Fausto De Sanctis e impôs a liberdade ao Dudu banqueiro. Fantástica sua dedicação em conceder dois HC consecutivos, para a mesma pessoa, num intervalo de três dias, com a louvável preocupação com “possíveis” injustiças contra um cidadão exemplar chamado Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity e dos escabrosos negócios envolvendo a Brasil Telecom. Chega a encher os olhos de água ver o  hercúleo esforço desse rapaz… (enviar-lhe-ei o endereço do Presídio Urso Branco, lá de Porto Velho, RO – onde há centenas desses casos de “injustiça” aguardando um Ministro de tão bom coração).

 

4.  Funcionário Rebelde

 

O fato a ser lembrado é que Gilmar Mendes (“louvável” na rapidez do caso Daniel Dantas…) e os demais Ministros são pagos (e muito bem pagos pelo erário público) para julgar. Devem fazê-lo, com base no conhecimento jurídico, convicção e celeridade, em relação às matérias que lhes chegam às mãos. O julgamento não pode ser fincado em interesses pessoais ou vontades ideológicas quaisquer (embora seja difícil separar tais coisas). Quanto mais, e particularmente, quando relativos a assuntos de grande interesse nacional. No caso em foco, há uma Ação Direta de Inconstitucionalidade -Adin 4650 – patrocinada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que se encontra travada, parada, encostada, amordaçada pelo Servidor Público Gilmar Mendes, sem justificativa plausível para as competências de seu cargo… e olha que eu não sou advogado!! A matéria diz respeito ao fim da relação promíscua entre financiamento empresarial de campanhas no Sistema Eleitoral Brasileiro.

 

5.  Oh, Gilmar Mendes I, o Sapiente… devolve essa meleca!

 

O detalhe em destaque desse imbróglio relaciona-se ao fato de o julgamento dessa matéria ter iniciado em dezembro de 2013. Até os presentes dias, contudo, nada de conclusão, pois o Ministro Gilmar Mendes não devolveu o processo, do qual pediu vistas em abril do ano passado, ou seja, há quase um ano!!! Segundo o regimento da Casa, totalmente desrespeitado e provavelmente nunca lido, o Ministro teria de devolver a matéria em 2 sessões… A votação, pode se notar, já se encontra definida com 6 votos a favor da proibição de financiamento empresarial para campanhas eleitorais, dentre 11 possíveis votos, desde abril do ano passado… Que raio de Tribunal é esse que fica sujeito à vontade privada e particular de um de seus membros em matéria de tamanha relevância??? Quem o Senhor Gilmar pensa que é para definir a pauta da República? Coube ao Deputado Federal Jorge Solla, no último dia 18 de março, ingressar com uma Representação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o Ministro Gilmar, o Sapiente, por descumprir prazos jurisdicionais, travando o julgamento da Adin, cujo resultado já está sacramentado.

Nada é por acaso… nada é inocente!!! Quais interesses Gilmar Mendes preserva com sua atitude??? Como plebeu bocó, vou refletir…

 

 

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