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Nova metástase no fígado não muda prognóstico da doença, diz oncologista de Covas

A descoberta de um novo tumor no fígado do prefeito Bruno Covas, anunciada nesta quarta-feira, 17, não muda o prognóstico da doença, afirmou ao Estadão o oncologista Tulio Eduardo Flesch Pfiffer, membro da equipe médica do Hospital Sírio-Libanês que trata o prefeito.

Contudo, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira, 18, a equipe médica que atende o prefeito afirmou que a doença “ganhou terreno”. O novo nódulo, porém, tem poucos milímetros e é bem menor do que o 1° encontrado em 2019, que tinha 2cm.

O prefeito Bruno Covas (PSDB) em seu gabinete na Prefeitura “Observou-se o surgimento de um pequeno nódulo hepático, o que nos sugere que a doença tenha ganhado terreno apesar da imunoterapia”, afirmou o médico oncologista Artur Katz, que integra a equipe médica de Covas.

Segundo o que disse Pfiffer, trata-se de uma metástase que, embora não desejada, ocorre “com uma certa frequência” em casos como o de Covas.

Pfiffer afirmou que a nova lesão não piora o quadro, pois o prefeito já havia tido uma metástase também no fígado que pôde ser eliminada com quimioterapia.

“Em outubro de 2019, quando ele descobriu o câncer, ele já tinha uma metástase no fígado. Ele fez as sessões de quimioterapia e a resposta foi completa e sustentada. O resultado foi muito bom. A descoberta dessa nova lesão não piora o cenário. Esperamos que ocorra o mesmo agora”, explicou Pfiffer. Ele contou ainda que o tumor recém-descoberto no fígado é “bem menor” do que o detectado no mesmo órgão em 2019.

O especialista esclareceu que a única mudança que a equipe foi obrigada a fazer foi a interrupção da imunoterapia para controle das lesões cancerígenas nos linfonodos para início da quimioterapia para combater a lesão no fígado.

Covas terá de fazer mais quatro sessões de 48 horas, com intervalo de duas semanas entre elas. A primeira sessão foi realizada já nesta quarta, e o prefeito deverá permanecer internado até sábado.

“Em dois meses faremos novos exames de imagem para ver a condição e definir os próximos passos do tratamento”, explicou o oncologista.

O médico disse ainda que Covas não mudou sua postura ao receber o novo diagnóstico e que a equipe médica pretende manter a autorização para que ele trabalhe entre as sessões de químio. “Ele sempre tem uma cabeça muito boa, uma disposição muito grande, força e determinação. A ideia é que ele mantenha a rotina de trabalho”, afirmou.

Diferentemente do que fez no início do ano, desta vez, Covas optou por não se licenciar do cargo e está despachando do seu quarto no hospital.

“A rotina não mudou. Hoje é tudo online. Bruno está tocando a prefeitura pelo WhatsApp e telefone”, disse ao Estado o chefe da Casa Civil, Ricardo Tripoli.

Estadão

© MARCELO CHELLO / ESTADAO

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