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O Pole Dance que todo mundo viu em Guajará Mirim

 
O título cai como uma luva, porque foi com força, resistência e espetáculo artístico que a empresária e Dj Lohanna Kawasak realizou o carnaval popular de Guajará-Mirim. Lá também, o prefeito cancelou a festa alegando falta de recursos, a crise econômica, investimento em outras prioridades e blá blá blá.
Contrariando a máxima do Barão de Itararé, para quem “de onde menos se espera, é que não sai nada mesmo”, a dona da boate 40 graus viu na crise uma oportunidade. Ela promoveu quatro dias de folia, com uma ampla estrutura em frente ao Ginásio Afonso Rodrigues e três bandas variadas, atraindo milhares de pessoas.
Em sua página no facebook, a promoter Lohanna divulgou maciçamente o Guajará Folia, com vídeo clipe e tudo, promovendo também os shows de strip-tease que oferece em sua boate e as festas que organiza na cidade. Contei 15 patrocinadores no banner do carnaval popular. Como intitulei, foi um pole dance pra administrador nenhum botar defeito.
Tal como ocorreu com a dona da boate Sexus na trama da novela Roque Santeiro, muita gente torceu para que desse tudo errado. Segundo quem foi ou ouviu falar, a festa foi um sucesso de público e tranquilidade. 
O carnavalesco Ariel Argobe resumiu em seu blog que a promoter fez o que o prefeito deveria ter feito. “Lohanna kawazak, é a nossa ‘Zé Pereira’ do carnaval na fronteira, pois a mesma chamou para si a responsabilidade constitucional do ente público e, em parceria com Melki Moraes e a empresa MS Sonorização, realizaram a festa da Corte de Rei Momo em Guajará-Mirim, dando ao povo muita alegria e diversão, em cenário de muita paz.”
O município de Guajará Mirim tem tradição de festas populares, como o famoso Duelo na Fronteira entre os bois-bumbás Malhadinho e Flor do Campo, a Festa dos Filhos e Amigos, as realizadas pela igreja católica, a comemoração do aniversário da cidade e o Sete de Setembro que não se restringe ao desfile. Todas essas manifestações ocorrem de forma muito espontânea e com esforço coletivo e dizem que quanto menos o poder público participa, melhor fica.
É maravilhoso quando a comunidade consegue se mobilizar e manter as tradições, mas é o poder público quem tem o dever de fomentar manifestações como o carnaval, como forma de proteger a diversidade cultural, a criação artística e a memória dos lugares e pessoas.
As carolas já espalham que Lohanna Kawasak pode vir a se candidatar a algum cargo político. Alguém duvida que ela consiga? 
 
Luciana Oliveira
Empresária e Jornalista
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