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Pandemia: 48 horas de terror em Rondônia

População não leva a sério as restrições impostas pelo Governo do Estado via decreto e UTIs entram em colapso na Capital

População não leva a sério as restrições impostas pelo Governo do Estado via decreto e UTIs entram em colapso na Capital

Porto Velho, RO – As últimas 48 horas em Rondônia foram de terror, isto por causa dos avanços do novo Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2), especialmente na Capital, onde os reflexos das questões sanitárias se espalham com ainda mais veemência.

As situações já se desdobravam nos bastidores, mas, oficialmente, a coisa só tomou corpo de horror quando o prefeito Hildon Chaves, do PSDB, concedeu entrevista coletiva no sábado (23) com dizeres reverberados na imprensa nacional.

O tucano deixou claro que a Capital colapsou em todos os meandros do sistema de saúde e foi ainda mais enfático ao pontuar:

“Estamos muito perto de uma tragédia humanitária”.

A frase, forte e real, foi transmitida inicialmente pelo site “O Antagonista” aos quatro cantos do Brasil.

O primeiro urro de socorro transmitido de Rondônia para o País, estado-vizinho do Amazonas, onde, há tempos, sucumbe por conta da pandemia.

Nesse espaço de apenas dois dias o número de óbitos ultrapassou a casa dos 2,1 mil e a quantidade de infectados mantém margem alta.

O governador Coronel Marcos Rocha, sem partido, anunciou o envio de pacientes para fora do estado a fim de desafogar o trânsito nas unidades regionais, todas abarrotadas.

A matéria foi veiculada pelo Estadão.

O chefe do Executivo estadual licenciado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB, publicou no Twitter que os gaúchos receberão 50 vítimas do vírus transferidas de Rondônia para lá com apoio do Ministério da Saúde.

Duas figuras públicas regionais morreram no interim: o desembargador aposentado Walter Waltenberg Silva Júnior, ex-presidente do Tribunal de Justiça (TJ/RO), aos 62; e o jornalista Marcelo Bennesby, aos 51.

Walter Waltenberg lutou pela vida em um hospital privado de Porto Velho, porém teve de ser transferido para Brasília. Lá, acabou por desfalecer no domingo (24).

Já Bennesby foi acometido por um Acidente Vascular Cerebral (AVC) na virada do ano, porém teve o quadro agravado porque fora acometido pela COVID-19 durante a internação, isto de acordo com o Diário da Amazônia, e teve o óbito registrado na madrugada desta segunda-feira (25).

E, por fim, ainda há o mistério sobre a quase 9 mil doses de vacinas, que, de acordo com o governo federal, não chegaram às comunidades indígenas de Rondônia.

O fato virou alvo de reportagem da Folha de S. Paulo. Trecho dela diz:

“Via ofício enviado neste sábado (23), o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Robson Silva, cobra explicações sobre por que a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) repassou apenas 2.315 das 11.120 doses de vacinas previstas para o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) de Porto Velho”.

Mortes e mais mortes, sistema de saúde colapsado, anúncios alarmantes saídas das autoridades constituídas, suposto desvio de vacinas, aumento no contágio e a população ignorando as restrições sanitárias: enfim, a fórmula para o terror das últimas 48 horas, e provavelmente dos próximos dias.

 

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