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“Se continuar a ter decreto que não vai ser cumprido, a gente está só perdendo nosso tempo aqui”, diz MPF na audiência sobre lockdown

A representante do Ministério Público Federal na audiência de conciliação sobre a aplicação de lockdown em Porto Velho, Gisele Bleggi Cunha foi enfática e direta em sua fala. Para ela, é preciso que principalmente o comércio entenda a gravidade da pandemia. Ela relatou que o MPF recebe diariamente pedidos de ajuda do Procon, que tenta fazer cumprir os decretos de fechamento, mas os comerciantes fecham as portas para a fiscalização, e abrem para os clientes, “eles ficam no faz de conta”, destacou a Procuradora.

Gisele Bleggi abriu espaço para o pesquisador da Universidade Federal de Rondônia, doutor Arthur Moretti, que vem acompanhando a evolução da pandemia no Estado. Ele mostrou que a curva de contágio vem aumentando sistematicamente e a única forma de conter o avanço é com medidas de fechamento, “se fecharmos por 15 dias, teremos uma redução nos números”. Moretti também chamou a atenção para as subnotificações dos casos de coronavírus, que segundo ele não estão sendo levados em conta.

A procuradora destacou que o governo vem trabalhando no limite, ao estabelecer uma margem de 80 a 90% de leitos de UTI é apertado, “o ideal seria em torno de 70%”. Ela destacou que a curva de contágio em Porto Velho aumentou em 86% e a de óbito em 50% nos últimos dias, “é muita coisa”.

O representante da Fecomércio, que falou antes da procuradora, alegou que “os comerciantes estão cumprindo a sua parte”, e eles entendem que, como o Estado vai abrir mais 10 leitos de UTI nesta terça-feira, não tem mais problema, o comércio pode permanecer aberto, pois estará sendo cumprido a margem exigida pelo decreto.

Painel político

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