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Trabalhadores da fazenda Rio Madeira transferem peixes para outro tanque para preparar o espaço para engorda de alevinos

 

Durante visita na tarde de sexta-feira (1) à fazenda Rio Madeira, pertencente ao Grupo Rovema, em Porto Velho, que há dois anos investe na produção de tambaqui em tanques em 35 hectares, o vice-governador Daniel Pereira disse que Rondônia, segundo dados da Agencia Nacional de Águas (ANA), pode movimentar R$ 13 bilhões por ano com a produção de peixes.

“Isso é algo que representa mais do que um terço do atual PIB de Rondônia, na casa de R$ 30 bilhões. É um potencial fantástico que a gente tem, somente utilizando a capacidade dos lagos das usinas e lagos naturais que temos”, destacou.

Localizada a 25 quilômetros do centro da capital, a fazenda foi o último roteiro da estada de dois dias da delegação do Departamento Autônomo do Beni, que participou de Mesa Técnica de Negociação Permanente com o governo rondoniense para definir projetos em comum nas áreas de educação, tecnologia, saúde, piscicultura entre outras. O secretário de Desenvolvimento Ambiental, Vilson de Salles Machado; o dirigente da Emater, Luiz Gomes; e o ex-governador José Bianco também estiveram na propriedade.

Há 30 anos atuando em diversos ramos de atividade na região Norte, o grupo empresarial investiu inicialmente R$ 2 milhões no projeto piscicultura, com a ideia de ampliar, em até  R$ 10 milhões, os investimentos nos próximos dois anos.  A fazenda hoje tem 17 tanques de engorda, com 1,8 hectares cada, nove tanques de recria (alevinos) e num primeiro ciclo de produção vendeu 80 toneladas para o Estado do Acre. São dois zootecnistas e seis trabalhadores que cuidam dos peixes, segundo Valdecir Luiz Goedin, que cuida da parte operacional do projeto.

“Nosso projeto é saltar de 35 hectares e chegar a 110 hectares de lâmina de água em 2017, produzindo uma média de 900 toneladas de tambaqui ao ano, um número bem representativo. Agora, essa é uma vocação do estado, e todos nós temos de pensar na segunda fase que é a cadeia da industrialização. Estamos trabalhando com alguns parceiros para que em 2017 tenhamos essa cadeia definida para não perder para outros estados que compram nosso peixe. Temos de agregar valor para Rondônia”, disse o empresário Adélio Barofaldi, um dos sócios do grupo e membro do Conselho de Representantes da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero).

 

O vice-governador, Vilson Salles e Adelio Barofaldi, durante visita à fazenda

O vice-governador disse que a fazenda é uma demonstração prática de como é possível desenvolver a piscicultura, no caso em grande escala, no Estado de Rondônia. “São mais de 30 hectares de tanques, com capacidade de produzir 10 mil quilos por semana. O Beni tem muito estudo técnico, possivelmente até mais do que nós, a respeito da piscicultura. A Universidade do Beni, com mais de 70 anos, tem um museu ictiológico, mas eles não têm a ação prática, a produção empresarial”, explicou.

Integrante da delegação boliviana, David Mendez confirmou que a produção é apenas comunitária, para a sobrevivência da população humilde, mas que existe farto potencial para criação empresarial, com muitos lagos no País. Segundo ele, interessa ao Beni obter conhecimento na criação de peixes, por isso a razão da visita. “Sobrevoamos a Bolívia, País dos lagos, que tem um lago em cima do outro, havendo condições naturais de transformar também aquele País num grande produtor de peixes”, completou Daniel Pereira, dizendo haver gestões do governo rondoniense para que o governo federal, por meio da Embrapa, possa oferecer mais apoio técnico à piscicultura no estado.
Fotos: Esio Mendes

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