Modern technology gives us many things.
Getty Images

Em pronunciamento, Bolsonaro ameaça EUA, chama brasileiros de ‘maricas’ e que a vida na presidência ‘é uma desgraça’

O presidente Jair Bolsonaro, em pronunciamento na última terça-feira, 10, em uma solenidade no Palácio do Planalto sobre ações para a retomada do turismo, reclamou das ameaças de sanções comerciais que podem ser adotadas pelo presidente eleito dos EUA, Joe Biden em relação a preservação da Amazônia e declarou que “quando acaba a saliva, vem a pólvora”.

“Assistimos há pouco aí um grande candidato a chefia de Estado dizer que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele levanta barreiras comerciais contra o Brasil. E como é que podemos fazer frente a tudo isso?”, pergunta Bolsonaro. “Apenas a diplomacia não dá, não é, Ernesto? Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão, não funciona. Não precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem. Esse é o mundo. Ninguém tem o que nós temos.”

O presidente afirmou ainda que a vida dele na presidência é “uma desgraça”, “problema o tempo todo”, disse que sua cadeira “está à disposição”, mas afirmou ver pessoas articulando para ocupar seu lugar no Planalto.

No evento, Bolsonaro defendeu o combate ao coronavírus sem tornar rígido o isolamento e disse que é preciso agir agora porque “depois não terão oportunidade”.

“Lamento os mortos (pela pandemia). Lamento. Todos nós vamos morrer um dia. Aqui todo mundo vai morrer. O Sergio vai morrer um dia né, Sergião? Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas. Olha que prato cheio para a imprensa. Prato cheio para a urubazada que está ali atrás”, afirmou o presidente durante um evento para anunciar a campanha de retomada do Turismo.

No meio de seu ataque de fúria, Bolsonaro voltou a alfinetar Doria ao dizer que, durante a pandemia, foi impedido e tomar decisões.

“Nós aqui, numa onda mundial, fechamos tudo. E agora já começa amedrontar o povo com uma segunda onda. Tem que enfrentar. É a vida. Como chefe de estado, tem que tomar decisões que não me deixaram tomar. Não sei por que cargas d’água”, disse. “O que faltou para nós não foi um líder. Faltou deixar um líder trabalhar, porque eu fui eleito para isso. Imagina se tivesse o Haddad no meu lugar? Ou tivesse o governador de São Paulo no meu lugar, como estaria o Brasil? Que desgraça que estaria esse país”.

“Não vou jamais tecer elogios para mim, jamais. A minha vida aqui é uma desgraça, é problema o tempo todo, não tenho paz para absolutamente nada”, discursou.

“Não tenho paz para absolutamente nada, não posso mais tomar um caldo de cana na rua, comer um pastel. Quando eu saio, vem essa imprensa perturbar.”

Bolsonaro terminou o discurso dizendo que não está “preocupado” com sua biografia. “Se é que tenho biografia”, desabafou.

Repercussão

Após as falas do presidente, o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, publicou uma mensagem congratulando o Corpo de Fuzileiros Navais americano pelo aniversário de 245 anos. O vídeo que acompanha a publicação relata que o destacamento é o “maior do mundo” e está “sempre de prontidão para responder de forma rápida, seja por terra, ar ou mar”.

Na mensagem no Twitter, Chapman escreve que o “Destacamento de Fuzileiros Navais na Embaixada e nos Consulados dos EUA compartilha uma longa história e uma relação importante e duradoura com a diplomacia que nos permite construir com segurança uma relação bilateral mais forte com o Brasil”.

Uma das passagens do vídeo publicado pelo embaixador mostra fuzileiros navais americanos perfilados à frente do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e marchando na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Ainda no vídeo, Chapman afirma que o Corpo de Fuzileiros Navais mantém homens no Brasil para a proteção das missões diplomáticas dos Estados Unidos.

Na mensagem no Twitter, Chapman escreve que o “Destacamento de Fuzileiros Navais na Embaixada e nos Consulados dos EUA compartilha uma longa história e uma relação importante e duradoura com a diplomacia que nos permite construir com segurança uma relação bilateral mais forte com o Brasil”.

Uma das passagens do vídeo publicado pelo embaixador mostra fuzileiros navais americanos perfilados à frente do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, e marchando na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Ainda no vídeo, Chapman afirma que o Corpo de Fuzileiros Navais mantém homens no Brasil para a proteção das missões diplomáticas dos Estados Unidos.

“Pólvora, maricas e inflação”

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia postou em sua conta no Twitter a mensagem, “Entre pólvora, maricas e o risco à hiperinflação, temos mais de 160 mil mortos no país, uma economia frágil e um estado às escuras. Em nome da Câmara dos Deputados, reafirmo o nosso compromisso com a vacina, a independência dos órgãos reguladores e com a responsabilidade fiscal.”

Fonte: Painel Político

você pode gostar também
Deixe uma resposta

Seu endereço de email não será publicado.