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Para que serve um sindicato?

Por Valdemir Caldas

Quem se dispõe a presidir um sindicato precisa ter consciência de que a função precípua de qualquer agremiação sindical que se preza é defender as legítimas aspirações de seus associados. Certo? Ou não?

O que se tem visto, nos últimos tempos, contudo, é uma inversão de prioridades. Alguns sindicatos simplesmente foram transformados em aparelhos partidários ou instrumentos de conquistas pessoais e familiares, relegando, assim, suas missões elementares.

Somem-se a isso as denúncias de malversação dos recursos de entidades para fins que estão muito longe de serem aqueles para as quais foram constituídas. E o que dizer, ainda, da suposta manipulação de processos eleitorais visando à manutenção de determinados grupos.

O resultado dessa promiscuidade tanto é ruim para o sindicato, que perde credibilidade, quanto para seus filiados, os trabalhadores, que veem seus direitos escorrerem pelo ralo.

Aqui e ali não têm faltado exemplos que em nada contribuem para a melhoria das condições salariais e de trabalho dos associados. Pelo contrário, só atrasam ainda mais suas conquistas. Engana-se, pois, quem pensa que essas e outras escaramuças passam incólumes à sociedade.

Não se deseja, como isso, que instituições representativas de determinadas categorias profissionais fiquem à margem dos acontecimentos políticos, mas dai aplaudir a manutenção de sistemas fechados ou o atrelamento de sindicatos a esse ou àquele partido, a esse ou àquele político, sobretudo quando isso implica prejuízos aos seus filiados, é estimular ainda mais o clima de balbúrdia que vem arrastando muitos deles para o abismo.

Afinal, para serve um sindicato? Há quem diga que sindicato é para lutar pelos interesses de seus associados. Eu também concordo, mas, na prática, os exemplos não animam.

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