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Foto tirada às 6h30 de hoje mostra poluição do ar - Lourdes Borzacov/Arquivo pessoal

Queimadas fazem Porto Velho ter ‘neblina’ de fumaça, com 210 focos em 48h

A fumaça tomou conta do ar de Porto Velho. As queimadas na parte rural da capital de Rondônia, cercada pela mata amazônica, levaram moradores a enfrentarem poluição intensa em uma manhã que mais lembrou um dia de “neblina”.

Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Porto Velho registrou 210 focos de queimadas nas últimas 48 horas, o segundo maior índice do país, atrás apenas de Porto Murtinho (MS).

No mês, já são 1.429 focos na cidade, quase 30 por dia. O INPE informa que cada foco “indica a existência de fogo em um elemento de resolução da imagem (píxel), que varia de 375 m x 375 m até 5 km x 4 km, dependendo do satélite.”

Nas redes sociais, o assunto foi comentado por moradores – dois dias após São Paulo enfrentar uma “chuva de fuligem”, também por causa de queimadas:

 

Moradora da cidade, a médica Lourdes Borzacov contou ao UOL que percebeu uma piora da qualidade do ar nos últimos dias, o que elevou o número de pessoas que buscam as emergências de Porto Velho. “Aumentou muito essa procura de pessoas com problemas como asma, bronquite, enfisema. As crianças são as mais afetadas”, conta.

Segundo o meteorologista e coordenador do Lapis (Laboratório de Processamento de Imagens de Satélite), ligado à Ufal (Universidade Federal de Alagoas) Humberto Barbosa, as estações de Porto Velho captaram hoje um IQA (índice de qualidade do ar) de até 120 µg/m³. O nível ideal é de até 50 µg/m³. Níveis acima de 100 são considerados “ruins”, e acima de 120 “muito ruins.”

A pedido do UOL, ele gerou, com imagem de satélite da NASA (agência especial americana), um mapa de calor e poluição do ar nesta manhã na capital de Rondônia, que mostra uma área tomada pela fumaça.

Poluição em Porto Velho captada por satélite da NASA – Lapis/Ufal/Divulgação – Lapis/Ufal/Divulgação

Diante da qualidade do ar, o relatório do momento atual apresenta IQA insalubre. “Recomendações de saúde: pessoas com doenças cardíacas ou pulmonares, adultos idosos, crianças e pessoas de baixo nível socioeconômico devem evitar esforço prolongado ou pesado; todos os outros devem reduzir o esforço prolongado ou pesado”, diz o relatório diário.

Segundo ele, o problema tem como causa as queimadas praticadas pelo homem na região. “Os incêndios florestais ocorrem quando o fogo atua de forma descontrolado. As condições meteorológicas – muito calor e baixa umidade – devido a atuação de uma massa de ar seco, combinado com a vegetação seca, aumentam essas chances de de manejo inadequado do fogo em áreas de pastagens”, explica.

Via UOL

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