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Demandas do meio ambiente de Rondônia são tratadas em Brasília

O ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte recebeu o governador de Rondônia, Daniel Pereira e a deputada federal Marinha Raupp nessa quarta-feira (24), para debater o Projeto de Lei (PL) 10493/2018, o manejo do pirarucu no Estado e o problema dos búfalos do Vale do Guaporé.

O tema referente ao PL de relatoria da deputada Marinha, foi explicado ao ministro pelo governador. Daniel afirmou que a alteração dos limites da Reserva Extrativista do Rio Ouro Preto e ampliação da Reserva Extrativista do Lago do Cuniã, são um ajuste interno do Estado para fazer uma compensação com uma população que já está morando na localidade do região do Rio Preto. Para ele, não foi feita a devida observação das áreas desta população na época do registro. “É uma justiça que estamos fazendo à essas pessoas”, admitiu.

Desequilíbrio ambiental

Em relação à superpopulação de pirarucu que está ocorrendo nos rios Guaporé e Mamoré, o governador ressaltou que o mais provável é que estes peixes tenham advindo de partes mais altas dos rios. Chegando ali, não encontraram predadores e por isso tem aumentado a quantidade de sua espécie. “Estes peixes estão devorando outras espécies de peixes locais e tem causado riscos até para a população indígena da região”, explicou. O problema segundo ele, é que a população que consome peixe daquela localidade, não tem hábito de consumir o pirarucu e nem de pescá-lo. Daniel sugeriu um estudo para fazer um aproveitamento no manejo sustentável e dar consumo industrial a este peixe.

A população de búfalos do vale do Guaporé também foi debatida durante a reunião. Daniel Pereira fez um histórico da chegada destes animais na década de 1950, na fazenda Pau d’óleo. “Estes bubalinos eram dóceis vindos da Índia. Serviriam em um projeto de governo para fornecer carne e leite. Porém, em determinado momento tudo ficou abandonado e os animais perderam o contato com os seres humanos e ficaram selvagens”, explicou. Os números, segundo ele são imprecisos, mas acredita-se haver mais de 10 mil cabeças. Em 2016 foi aprovada lei regulamentando a caça desta espécie, mas não trouxe resultado efetivo.

O governdor explicou que além da destruição de um bioma muito sensível, pelo fato deste gado não ser daquele habitat, há também o risco da febre aftosa. “Rondônia trabalha pesado na questão do controle de zoonoses. Ter esses búfalos lá sem controle é um risco para nossa produção bovina no Estado. Ainda mais agora que estamos tirando a vacina, ficando um estado livre da febre aftosa, sem vacina”, disse. Ele afirmou que é preciso dar uma destinação econômica para essa situação dos búfalos.

O ministro se comprometeu a verificar se há alguma solução neste sentido que possa ser aplicada ao Estado de Rondônia.
Também esteve na reunião o superintendente de Integração do Estado de Rondônia em Brasília (Sibra), Carlos Terceiro.


Fonte
Texto: Alex Nunes
Fotos: Alex Nunes
Secom – Governo de Rondônia

 

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